terça-feira, 16 de julho de 2013


Desde os anos 90 vem se buscando em práticas de saúde baseada em evidências científicas, iniciativas de humanização e um modelo de atenção ao parto que se deseja para o Brasil. Assim, a partir de evidências tanto nacionais como internacionais notou- se que tanto a mãe quanto a família é quem devem ser os atores principais destes momentos e não apenas expectadores, pois com um acompanhamento pré-natal bem realizado e com total autonomia de escolha de procedimentos, aproximando do mais natural possível, verificou-se uma queda de mortalidade materno – infantil.
 
Um dos maiores desafios do SUS é promover a equidade em saúde entre os diferentes segmentos sociais, para que tão fato ocorra deve-se implementar ações que respondam ás necessidades específicas, principalmente quando as necessidades sociais podem afetar o acesso aos serviços.
 
Baseado em todos estes aparatos e acompanhando na prática instituições como o Hospital Sofia Feldman ( Belo Horizonte- Minas Gerais) e São Pio X (Ceres- Goiás), normatizada pela Portaria Nº 1.594, de 24 de Junho de 2011, o Ministério da Saúde lança a Rede Cegonha, ampliando o acesso e disponibilizando melhorias de qualidade da atenção pré-natal, da assistência ao parto e puerpério e da assistência à criança até 24 meses de vida.
 
A Rede Cegonha vem para mudanças de práticas como, teste rápido em todos os postos de saúde, assim após a identificação de gravidez imediatamente a mulher inicia seu pré-natal, garantindo pelo menos 6 consultas, uma série de exames clínicos e laboratoriais, além de desde o pré natal ser vinculada à uma maternidade, sabendo assim com antecedência o local do parto.
 
O acompanhante será de livre escolha da gestante podendo permanecer do trabalho de parto até a alta. Portanto, a Rede Cegonha não prevê apenas qualificação profissional como também a criação de estruturas de assistência oferecendo privacidade e conforto para gestante e seu acompanhante, assim como acesso a métodos de alívio a dor e a possibilidade de ficar em contato
pele a pele com seu bebê imediatamente após o parto, prática que hoje é comprovada como benéfica para os dois.
 
Sendo assim a Rede Cegonha se caracteriza como uma importante estratégia do governo federal em conjunto com os estados e municípios, a medida que se compromete a solucionar o problema de elevado número de óbitos de mulheres e crianças, baseando principalmente na humanização do parto.
 
 
Referências
 
CAVALCANTI,P.C.S. O modelo lógico da Rede Cegonha. Monografia apresentada ao Curso de Residência Multiprofissional em Saúde. Recife: Fundação Oswaldo Cruz, 2010. Disponível em:< http://www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2010cavalcanti-pcs.pdf>. Acesso em: 11 de Julho de 2013.
 
KALCKMANN,S.; BATISTA,L.E.; CASTRO,C.M; LAGO,T.D.G. E SOUZA,S.R. Nascer com equidade: humanização do parto e do nascimento. São Paulo: Instituto de Saúde, 2010. Disponível em:< http://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-de-saude/homepage/temas-saude-coletiva/pdfs/nascer.pdf > Acesso em: 11 de Julho de 2013. SITE: http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/maternidade/gestacao/rede-cegonha.
 

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